Madame Blavatsky.

Por H.V.M.D.

 

A venerável Mestra, conhecida pelos estudantes de esoterismo como H.P.B, nasceu em 31 de Julho de 1831 à meia noite. Seus pais foram o coronel Meter Von Hahn e a renomada novelista Helena Andreyevna nee de Fadeyev, que morreu jovem à idade de 27 anos. Seus avós por linha materna foram o chanceler Autrey de Fadeyev e a princesa Helena Pavlovna Dolgorukov, a quem coube supervisionar sua educação em Sarátov e Tiflis.

 

Desde prematura idade, Helena apresentou seus formidáveis poderes psíquicos. Contam seus familiares, que possuía uma grande clarividência, a qual lhe permitia ver as dimensões superiores e predizer o futuro. Por esta razão era visitada pelos nobres, que lhe comentavam seus projetos e assuntos particulares; assim como os chefes da polícia, que lhe consultavam, para lhes ajudar a resolver os casos mais difíceis. Foi uma pianista de grande talento, e ainda jovem tocou em Londres com Clara Schumann e Arabelle Goddard.

 

Casou-se em 1848, aos 17 anos, com o coronel Nikifor Blavatsky, tendo este matrimônio durado muito pouco. Estudou artes Mágicas com um ancião Mestre copto, e se iniciou na sociedade secreta dos Drusos do Líbano.

 

Em 1851, quando passeava com seu pai pelas ruas de Londres, reconheceu, em um professor alto e nobre, o Mestre que em seus sonhos via desde muito pequena: o grande Mestre lhe confirmou que lhe seria seu guia e protetor, na grande missão que devia realizar no futuro.

 

A grande Mestra H.P.B. Atribuía seus profundos conhecimentos esotéricos aos Mestres ou Mahatmas. Destacando entre seus guias espirituais os Mestres Morya, a quem ela denominava o hindu, e o Mestre Kout Humi, o qual residia no Tibete. Eles lhe ensinaram as táticas para o desenvolvimento de seus poderes, e se faziam presentes, quer seja física ou espiritualmente, para guiar-lhe em sua sagrada missão.

 

O que afirma o Mestre Samael Aun Weor sobre a Mestra Blavatsky:

"A inquietude espiritual deste século se iniciou certamente com a Mestra Helena Petrovna Blavatsky. Não quero dizer que não houvessem existido escolas esotéricas nos séculos anteriores. O que estou assinalando é que a inquietude esotérica contemporânea começou com o labor iniciado por dita Mestra.

 

Ela realmente esteve no Shan Grilá e seu Mestre ou Guru foi certamente o Mestre Kout Humi. Ainda jovem desposou-se com o ancião conde Blavatsky, com quem não teve vida marital. Tendo convivido com ele apenas viajando pelo Egito, Índia e o Tibete, pois naquele tempo era mal visto que uma mulher viajasse sozinha. Durante essas viagens conheceu a seu Mestre.

 

Que possuiu poderes extraordinarios? É verdade! Que esteve relacionada espiritualmente e de forma pessoal com os Mestres do Tibete? É certo! Escreveu obras notáveis como "A Doutrina Secreta", "Isis Sem véu", "A voz do Silêncio", etc. Os duros sofrimentos que teve de suportar, se deveram precisamente à dificílima missão que se lhe havia encomendado: a de convencer céticos, aos quais deu mostras de seus notáveis poderes psíquicos.

 

Ela foi a razão pela qual o inglês Sinnet e o Mestre Kout Humi, iniciaram uma importantíssima correspondência.

 

Em certa ocasião, a uma petição do inglês, o Mestre respondeu: Estás seguro que se me vires pessoalmente, não perderia o interesse que tem por minha correspondência? "Assim é como conhecemos a sapiência dos Mestres! Asseguro a vocês que se viessem aqui o Mestre Hilarion, ou Morya, ou ao conde de San Germán, se viessem a viver aqui conosco, em nosso ambiente, nos primeiros dias vocês não sairiam dessas casas, os cinco milhões de pseudo ocultistas, espiritualistas e simpatizantes, se desdobrariam para conhecer os Mestres. Depois, Quem sabe se até uma saudação não lhes negariam!

 

Afiliados ou simpatizantes destes estudos há milhões, mas à hora da prova, à hora de ter realmente que se resolver, de ter que definir-se de verdade, pelo "ser ou não ser" da filosofia, todos veriam a coisa tão grave que fugiriam espavoridos, não fica um. A maior parte das pessoas buscam estes estudos por diversão, como quem vai a um espetáculo de touros ou ao cinema.

 

A Mestra Helena Petronila Blavatsky teve que sofrer muitos vexames e humilhações. Não obstante, haver feito prodígios e maravilhas, demonstrando seus poderes par,a convencer aos incrédulos, essa foi sua missão. Por certo muito dura, pois quando se convence a dez incrédulos, vêm mil, quando se convenceu a mil, vêm dez mil, e assim, Quando vamos acabar de convencer incrédulos?

 

Convencer incrédulos é um grande erro. Isso foi precisamente o que levou à morte a Madame Blavatsky. É claro que a mulher resulta refinadamente sensível, e ao ver-se tão vexada públicamente, humilhada e caluniada, enfermou-se e morreu."

 

Entre a idade dos 30 aos 40 anos, depois de sofrer crises psíquicas e de saúde, H.P.B. Logra o desenvolvimento completo de seus poderes psíquicos. Conta-se que sempre teve o poder de ler as mentes das pessoas; que ela via como os pensamentos escapavam de suas cabeças, como uma fumaça luminosa em forma de espiral, e que mostrava as imagens, retratos e pensamentos.

 

Já com seus poderes totalmente desenvolvidos, em sua casa movia os móveis e outros objetos através das paredes, e que ela podia ler as cartas sem necessidade de abri-las.

 

Os esoteristas da época costumavam manifestar sua grande admiração, porque a grande Mestra H.P.B. possuía profundos conhecimentos do Budismo tibetano, que não estavam disponíveis ainda para os estudiosos do ocidente.

 

En 1873 recibió de sus hermanos mayores (Maestros) la orden de trasladarse a Nueva York, a esperar instrucciones, a donde llegó sin equipaje personal, iba a viajar en primera clase y cambió su boleto por clase turista, para ayudar a viajar a una pobre mujer y sus hijos que habían sido estafados. En Nueva York trabajó con un fabricante de corbatas por órdenes superiores.

 

Em 1874, seguindo órdens de seus Mestres, chegou ao sítio de Eddy en Chitenden. Ali conheceu o coronel Henry Steel Olcott, que se achava realizando investigações sobre certos fenômenos ocultos. Em 1875, com ele e William Q Judge, entre outros, fundaram a sociedade teosófica, a qual tinha os seguintes propósitos: formar um núcleo de uma irmandade universal da humanidade, sem distinção de credo, raça, sexo, casta ou cor; estudo das filosofias, e das religiões antigas e modernas, e a demonstração da importância desse estudo; Investigar as leis inexplicáveis da natureza, igualmente aos poderes psíquicos latentes no ser humano.

 

Em 1878 se tornou cidadã Americana, e cumprindo órdens superiores, junto com o Coronel Olcott, se transladaram a Bombaim (Índia). Fez várias viagens pela Índia e estabeleceu a sede da sociedade Teosófica em Adyar, Madras. Em 1884 viaja à Europa.

 

Sua saúde piorava e os ataques de seus detratores também se tornavam mais encarniçados, interveio seu Guru. Apesar da pena moral pelos ataques de seus inimigos, ela pôde mais, e teve uma surpreendente recuperação, explicando a seus amigos que havia escolhido trabalhar uns anos mais, ainda que fosse com má saúde. Seguiu trabalhando em seus livros que chegariam à humanidade com seu ensinamento transcendental.

 

Conta Constance Wachtmeister, sobre uma noite que pareceu ser a última de Madame Blavatsky: estava inconsciente e tornava-se cada vez mais pálida e débil. E exausta pela constante vigília, Constance dormiu na poltrona e despertou no alvorescer, mas a encontrou com os olhos totalmente abertos e desperta. E Madame lhe respondeu: "o Mestre esteve aqui, expressando-se com clareza, e me deu a escolher entre morrer e ficar livre, ou viver e terminar "A Doutrina Secreta". Disse-me que ao seguir vivendo, sofreria muito e teria um período difícil na Inglaterra, mas pensando na Sociedade Teosófica, e em todos aqueles aos quais poderia ensinar-lhes algo, aceitei o sacrifício".

 

Alguns livros que escreveu foram: Isis sem Véu, A Doutrina Secreta, A Voz do Silêncio, Ocultismo Prático, A Chave da Teosofia, Glossário Teosófico, etc. etc., etc.

 

O Coronel Olcott, depois da morte da grande Mestra, fazia um resumo do extraordinário poder que ela tinha, assim:

"Seus extraordinários conhecimentos esotéricos, além de seus poderes ocultos, ajudavam a criar mudanças naqueles que recebiam seus ensinamentos."

"Seu assombroso talento, seus dotes sociais, suas viagens e experiências extraordinárias, sua visão clara da história da humanidade, e sua consagração aos grandes Mestres, farão que sempre seja reconhecida como a portadora de Luz do século XIX."

A grande Mestra H.P.B. resumia, falando da missão que lhe correspondeu cumprir, assim: "Labor mal-agradecido de convencer as pessoas de que existem outros planos de consciência". "E sempre deu mostra de seu própio controle sobre as forças da natureza. Por isso muitos dos que lhe visitavam e não estavam preparados, viam só o superficial e lhe davam uma interpretação errônea."

Biografia Mestra H.P.B.